Lei

LGPD como diferencial competitivo nas empresas

Tema exige atenção nas empresas, já que pode ser utilizado à favor

Foto: Dudu Leal - Especial - DP - Especialistas em proteção de dados trouxeram para debate questões que trazem vantagens

As empresas brasileiras precisam criar a cultura da privacidade de dados pessoais de seus clientes e funcionários, não apenas para se prevenir das punições previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas como estratégia de gestão para se tornarem mais competitivas.

Este foi o consenso entre os especialistas que participaram do 2º Seminário sobre Privacidade e Proteção de Dados – LGPD Implementação na Prática, na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
“O tema exige uma atenção muito grande de todas as empresas. Como salvaguardar as informações pessoais ganha importância no controle de risco e no tratamento de informações”, afirmou o coordenador do Conselho de Relações do Trabalho da Fiergs (Contrab), Guilherme Scozziero, organizador do evento.

Segundo o advogado especialista em TI e mentor de LGPD, Reges Bronzatti, a lei veio para mudar hábitos, conscientizar as pessoas e organizações, e “nos levar a outro patamar”. Ele participou do painel DPO (Data Protection Officer, o profissional dedicado a garantir que empresas sigam as leis de proteção aos dados pessoais), Responsabilidades e Papéis, ao lado da coordenadora jurídica e DPO da Dana Incorporated, Bruna Zani, e do advogado especialista da Be8, Adolfo Amorim.

Bruna contou que o trabalho para implantar a LGPD na empresa levou um ano, mas permanece. “Temos riscos internos, trabalhamos continuamente, é uma mudança de cultura”, que inclui, enfatizou, convencer as pessoas a deletarem informações que não lhe são úteis, por exemplo.

Segundo Bruna, todos os quatro mil funcionários do grupo serão treinados e orientados sobre a LGPD, assim como todo o novo funcionário admitido. “A educação e envolvimento das pessoas é muito importante, uma jornada que vamos construindo”, observou. “Não podemos negligenciar a LGPD, as empresas precisam começar a implantá-la”, alertou Amorim.

Ao participar do painel LGPD e Rotinas de RH, ao lado de Patricia Santos, gerente corporativa de gente & gestão do Grupo Aschneider, o especialista em relações trabalhistas e sindicais da Gerdau, Thiago Bueno, revelou que o processo de adequação à LGPD levou um ano. “A Gerdau vê na LGPD um diferencial competitivo”, ressaltou ele. Por ser uma empresa certificada em LGPD, Bueno entende que isso pode representar vantagem ao disputar uma concorrência ou atrair clientes, pois saberão que seus dados estarão protegidos.

O diretor jurídico de relações trabalhistas e sindicais da Randoncorp, Gustavo Polese, também ressaltou a necessidade da criação de uma cultura da LGPD, e afirmou que investir neste tema “é um valor, não um custo” para as empresas. Polese debateu os Principais desafios e oportunidades de quem já implantou a LGPD, juntamente com a DPO da Sinosserra, Joyce Bechelli.

}O seminário acabou com o painel Segurança em Tecnologia da Informação Aplicada à LGPD, com o vice-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação / Regional RS (Assespro-RS), André Mazeron, e o advogado e presidente do Instituto Nacional de Proteção de Dados (INPD), Rafael Reis.

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